Vivenciar e gerir as nossas próprias emoções, é algo que fazemos quase de forma natural, e é ao longo da nossa vida e de várias aprendizagens que aprendemos a regular-nos emocionalmente.
Mas como podem as crianças mais jovens fazê-lo, com tão pouca experiência de vida?
Cabe aos adultos (pais e educadores) orientar o seu desenvolvimento emocional, para que possam regular e expressar as suas emoções de forma adequada, de modo a construir relações positivas com os pares.
De forma simples, as emoções surgem como respostas a estímulos ou situações que ocorrem no dia-a-dia. Estas podem desencadear emoções como a alegria, tristeza, raiva, medo ou nojo, ou até emoções mais complexas como preocupação, vergonha, bondade entre outras. Contudo, assim que emerge um estímulo (agradável ou desagradável), a resposta emocional não fica de todo explicita, passando por três níveis. O primeiro envolve reações neurofisiológicas, como: ritmo cardíaco, respiração, ou até fluxo sanguíneo. Por exemplo, quando alguém está zangado, o batimento cardíaco acelera e a face com maior fluxo sanguíneo (vermelhidão). No segundo nível, a resposta emocional transforma-se em comportamento, refletindo-se no choro, gargalhadas, ou até no afastamento do grupo de pares. Em último lugar, surge a cognição (falada, escrita ou pensada), que permite rotular a própria emoção “Eu estou feliz”.
Mas todas as crianças respondem da mesma forma aos vários estímulos do seu dia?
É aqui que surge a regulação emocional, que se refere à capacidade de controlar adequadamente as respostas emocionais às mais variadas situações. A compreensão, tanto das próprias emoções como as dos outros, varia de cada criança, bem como a sua capacidade de controlar respostas negativas perante a frustração. Assim como a aquisição motora, a regulação emocional não é algo nato, ou seja tem que ser aprendida e desenvolvida. A regulação inicial deve ser fornecida pelos pais, que adaptam as suas respostas e comportamentos à criança (quando chora porque tem fome, e mostra a sua angustia através do choro, depende dos pais para a acalmar).
E porque preciso de regular as minhas emoções?
À medida que as crianças vão desenvolvendo a linguagem, tornam-se capazes de rotular as suas emoções, pensamentos e intenções, mostrando aos outros o que precisam para se acalmar. Regular as emoções perante determinados acontecimentos (agradáveis ou desagradáveis), contribui para a construção de relações saudáveis com os outros, aumentando o bem-estar social. Em vez da criança furiosa bater em alguém, é capaz de argumentar contra o colega ou educador. Ao invés de exprimir impaciência, é capaz de esperar.
E é de pequenino que se vai moldando aos desafios do dia-a-dia, carregando um coração cheio de emoções!
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