“O que queres ser quando fores grande?” Esta é seguramente uma das perguntas que ouvimos com mais frequência no início da nossa vida.
Bombeiros, Astronautas, Príncipes e Princesas, Jogadores de Futebol, Cantores e Dançarinos. Todos passámos pela fase em que estas seriam as respostas mais prováveis à tão importante questão.
O crescimento faz-nos, no entanto, conhecer novas perspetivas, desenvolver novos interesses e permite-nos abrir o leque a novas profissões, na maioria das vezes, também elas mais realistas mas sem deixar-mos de sonhar!
Mas num mundo com tanta oferta, podem surgir algumas dúvidas. E, se por um lado conhecemos pessoas que sabem bem o que querem, por outro, existem muitas que se sentem à deriva neste mar de profissões.
Será que esta é a profissão mais indicada para mim? Será que vou sentir-me realizado? Como é que eu atinjo estes objetivos? Como é que eu me torno neste profissional? Ou, muitas vezes, a pergunta que mais assusta, e daqui para frente, o que é que eu faço?
A vida é feita de escolhas e, como tal, também a definição do nosso projeto profissional passa por elas. Até aos 14/15 anos, isto é, 9º ano, o percurso escolar é semelhante para a maioria dos alunos, salvo algumas exceções, como é o caso, por exemplo, das escolas de Artes. É então nesta fase (9º ano) que o aluno se depara com a sua primeira grande escolha.
Segue-se após esta escolha 3 anos de estudo que serão importantes para a próxima etapa: um curso superior, a entrada no mercado de trabalho ou a continuidade dos estudos por outras vias.
Em que deverão então basear-se as nossas escolhas e o que devemos fazer para que tenhamos uma maior garantia que o percurso que estamos a seguir é o mais acertado?
A escolha de uma profissão deve estar intimamente ligada a três fatores: os nossos interesses (aquilo que gostamos de fazer), as nossas aptidões (capacidades que temos para aprender determinadas matérias) e a nossa personalidade.
Quando conseguimos facilmente identificar o que gostamos, o que temos jeito para fazer e que tipo de pessoa somos, torna-se mais fácil atingir o sucesso e realizar o nosso potencial, pois estamos a potenciar as nossas capacidades, evitando por isso o seu desperdício.
As dúvidas surgem quando ainda não conseguimos definir bem uma ou mais destas três áreas. Então, o que podemos fazer para que isto não aconteça?
Recordam-se certamente da expressão “de pequenino é que se torce o pepino”. Pois bem, ainda que pareça que temos longos anos desde a infância até à entrada no mundo profissional estes anos são importantes para descobrirmos quem somos. A exposição a diferentes experiências de vida, atividades, diferentes pessoas e profissionais ajudam-nos a conhecermos-nos melhor.
A escola por si só pode ser uma grande ajuda, pois poderá ajudar a perceber que disciplinas gostamos mais e menos, bem como para quais temos maior ou menor aptidão, mas não só. A nossa família, o grupo de amigos que temos, os nossos hobbies e as nossas características pessoais (se somos mais ou menos extrovertidos, se gostamos de ajudar os outros ou não, entre outras) permitem-nos perceber qual o caminho mais acertado.
Que outras maneiras temos de definir do que gostamos mais e menos? Pesquisando, lendo, descobrindo, realizando atividades fora do contexto escolar, por exemplo, desporto, voluntariado, pequenos cursos! As opções são ilimitadas.
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Quando mesmo assim as dúvidas se mantêm, recorrer à ajuda de um profissional qualificado pode ser uma solução. Os processos de Orientação Vocacional ajudam nestas descobertas.
Para finalizar, dizer apenas que nenhuma escolha é definitiva! o facto de pensarmos que algo é irreversível, causa ainda maiores dificuldades na tomada de decisão, pela ansiedade associada a esse pensamento. Os planos podem ser sempre alterados e ajustados consoante os interesses se vão alterando e ajustando. Não devemos olhar para a mudança como um fracasso, ou sentimento de desistência mas como uma forma de aprendizagem.
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